Após muitos anos em que a camada de ozono perdia espessura anualmente,
criando-se um buraco cada vez maior, pela primeira vez a camada de ozono aumenta
o seu densidade. Apesar de ser ainda um pequeno passo, esta notícia revelada
pelo Programa Ambiental das Nações Unidas mostra que todos os esforços feitos
nos últimos 20 anos para inverter a tendência de diminuição da espessura desta
camada essencial para a vida na Terra estão a resultar.
O que é a camada de ozono
A camada de ozono, ou ozônio, como se diz no Brasil, é uma região da
atmosfera terrestre com grande densidade de ozono. Esta região, que se encontra
entre os 15 e 35 km de altitude, com uma espessura média de 10 km, concentra
quase 90% de todo o ozono do planeta. A camada de ozono tem a função de filtrar
a radiação solar, absorvendo a maior parte da energia solar, voltando a
refleti-la para o espaço, e impedindo a passagem dos raios ultravioleta, muito
prejudiciais para a vida na Terra e para a saúde das pessoas. Um dos seus
efeitos nefastos é o cancro de pele, como o mais comum melanoma. Caso a camada
de ozono deixasse de cumprir a sua função por completo, a vida no nosso planeta
terminaria.
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Foto de Sandro Salomon |
Redução do “buraco” de ozono
De acordo com um estudo das Nações Unidas, os níveis de espessura da
camada de ozono começam a regressar aos verificados nos inícios da década de
80, sendo a principal razão apresentada a proibição de clorofluorcarbonetos
(CFC), definida no Protocolo de Montreal. Os CFCs são os responsáveis pela
redução da espessura da cada de ozono, e com a sua proibição, a camada de ozono
conseguiu lentamente recuperar níveis mais aceitáveis.
Os CFCs, usados durante muitos anos em eletrodomésticos e sprays,
foram banidos a partir do Protocolo de Montreal, em 1987. No entanto, apesar de
terem sido proibidos, existem ainda reservas da atmosfera e no ambiente, o que
leva a que o processo seja ainda mais demorado. Contudo, os cientistas
acreditam que, de acordo com os resultados deste estudo, em 2050 os níveis de
espessura da camada de ozono atinjam novamente os valores do início da década
de 80. É portanto uma ótima notícia para o ambiente e para a humanidade, e que
mostra que, com esforço e perseverança, é possível mudar o mundo para melhor.
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